segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

ÁGUA INTERIOR


São oito horas, os sinos dobram. É chegada a hora de alcançar a plenitude do dia, a plenitude do berço que embala o ninar dos meus bichinhos nesta noite de chuva. No silêncio, apenas o coaxar do sapos, felizes com o aguaceiro, nem os pirilampos vemos, pois a noite tornou-se negra e densa e após a chuva, uma neblina espessa se faz presente. Prenúncio que amanhã haverá sol. O encontro no espelho do eu com o eu faz palpitar meu peito - amor e respeito à grandiosidade da existência. Tudo está em seu devido lugar. O universo está pronto e acabado, até nosso livre-arbítrio já está previsto. Assim como lá fora a chuva jorra melancolicamente, também há tempestades em nossa alma, procurando lavar e expandir a consciência em sublime evolução.
(Direitos autorais reservados).

2 comentários:

  1. Luizinha, maravilhoso poema, sua alma transborda e sorvemos de sua canção, bálsamo na viagem e certeza de chegadas! um beijo maninha, Lilian

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  2. Seus versos vêm como chuva, uma tempestade mansa, prévia, anunciando necessidade de mudança. É linda a forma como escreve, tudo o que diz! Beijos

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